A violência escolar é uma preocupação crescente para gestores, educadores e famílias em todo o mundo. O que antes era tratado como conflitos isolados entre alunos, hoje se manifesta de formas mais complexas e alarmantes, como o bullying, o cyberbullying e, em casos extremos, ataques armados.
Um relatório recente do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) revelou que, globalmente, um a cada três estudantes entre 13 e 15 anos já foi vítima de bullying. No Brasil, uma pesquisa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) indicou que o país ocupa o 4º lugar entre as nações com maior incidência de bullying.
No entanto, a violência não se restringe apenas aos alunos. Dados do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, publicados em abril de 2025, revelam um cenário alarmante: os casos de violência no ambiente escolar mais do que triplicaram entre 2013 e 2023, saltando de 3,7 mil para 13,1 mil registros.
Esse crescimento inclui agressões físicas e psicológicas que atingem não apenas estudantes, mas também professores e outros membros da comunidade escolar.
Esse cenário sublinha a urgência de encarar a violência escolar não como um problema individual, mas como um desafio sistêmico que exige uma abordagem estratégica e colaborativa por parte dos gestores.
Para gestores de escola, o desafio é ir além da punição. É preciso entender as causas da violência e construir um ambiente que promova o bem-estar e o respeito mútuo.
O combate eficaz exige uma visão holística, que combine o conhecimento sobre as dinâmicas sociais da escola com a implementação de programas de prevenção e desenvolvimento de habilidades socioemocionais.
Os diferentes tipos de violência e a importância de identificá-los
A violência escolar não se resume a agressões físicas. Ela se manifesta de diversas formas, e a capacidade de identificá-las é o primeiro passo para o combate.
- Bullying: Caracterizado por agressões repetitivas, intencionais e desiguais de poder. Ele pode ser físico, verbal, psicológico ou social (exclusão de grupos).
- Cyberbullying: Acontece no ambiente digital, por meio de redes sociais, aplicativos de mensagem e e-mails. Muitas vezes, é mais difícil de ser detectado e tem um alcance e impacto ainda maiores.
- Violência contra professores e a instituição: Inclui agressões verbais, ameaças, agressões físicas e atos de vandalismo contra o patrimônio da escola. A precarização da carreira docente e o aumento de discursos de ódio têm sido apontados como fatores que contribuem para o crescimento desses casos.
- Violência estrutural: Refere-se a práticas institucionais que, mesmo sem intenção, podem gerar exclusão e desigualdade. Um currículo que não reconhece a diversidade ou regras que penalizam desproporcionalmente certos grupos de alunos podem se enquadrar nesse tipo de violência.
Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) aponta que 35% dos alunos do 9º ano no Brasil já sofreram algum tipo de violência escolar. Entender a pluralidade do problema é fundamental para a criação de programas de intervenção eficazes.

Como combater a violência escolar: um guia para gestores
O combate à violência não é um projeto isolado, mas uma cultura que a escola deve construir e sustentar. A atuação de um gestor de sucesso nesse cenário é baseada em três pilares: prevenção, intervenção e promoção.
1. Prevenção: a melhor estratégia
A prevenção é a ferramenta mais poderosa para combater a violência escolar. Invista em:
- Programas de educação socioemocional: Ensine os alunos a gerenciar emoções, a se comunicar de forma não violenta e a praticar a empatia. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que programas de prevenção que desenvolvem habilidades sociais e emocionais podem reduzir em até 17% os casos de agressão.
- Canais de denúncia seguros: Ofereça canais anônimos e confiáveis para que os alunos possam reportar casos de violência sem medo de retaliação, seja contra eles mesmos, contra um colega ou contra um professor.
- Diálogo com as famílias: Mantenha os pais e responsáveis informados e engajados no processo. A violência escolar não é um problema apenas da escola, mas de toda a comunidade.
2. Intervenção: ações imediatas e justas
Quando a violência ocorre, a resposta da escola deve ser imediata, justa e educativa.
- Protocolos claros: Tenha protocolos bem definidos para lidar com cada tipo de violência, tanto entre alunos quanto contra a equipe escolar. Isso garante que a resposta será padronizada e coerente.
- Mediação de conflitos: Em vez de apenas punir, invista na mediação. Ajude os envolvidos a entenderem a situação e a encontrarem uma solução que promova a reparação do dano e o aprendizado.
3. Promoção: construindo uma cultura de paz
O objetivo final é criar uma cultura escolar onde a violência não encontre espaço para se manifestar.
- Crie um clima escolar positivo: Invista em atividades que fortaleçam o senso de comunidade, como projetos colaborativos, celebrações de datas especiais e reconhecimento de boas atitudes.
- Formação contínua de professores: Capacite os educadores para que se tornem mediadores de conflitos e sejam capazes de identificar os primeiros sinais de violência entre os alunos e de lidar com situações de desrespeito de forma proativa.
O combate à violência escolar é um reflexo do compromisso da gestão com a segurança e o bem-estar de toda a comunidade.
Ao investir em prevenção, com programas de desenvolvimento de habilidades socioemocionais e uma cultura de respeito, é possível transformar a realidade e construir um ambiente escolar verdadeiramente seguro para todos.
Como O Líder em Mim pode apoiar sua escola?
O Líder em Mim é um programa completo que se alinha perfeitamente com a necessidade de combater a violência escolar na raiz. Através de um conjunto de princípios e hábitos, O Líder em Mim ajuda a desenvolver a liderança, inteligência emocional, a empatia e a resolução de conflitos em alunos e consequentemente com os professores e gestores.
Ao capacitar a comunidade escolar a liderar a própria vida, a serem proativos e a pensarem de forma colaborativa, o programa constrói uma base sólida para a prevenção da violência.
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