O Líder em Mim (LEM) é um programa que tem como objetivo desenvolver competências socioemocionais e capacitar os estudantes com habilidades de liderança, autoconhecimento, empatia e responsabilidade. É uma forma de a escola preparar os estudantes não apenas para conquistarem o sucesso acadêmico, mas o pessoal.
Por meio do programa Líder em Mim, as escolas podem oferecer às crianças e aos adolescentes uma formação integral e estimular o desenvolvimento das potencialidades de cada um. O aluno assume o protagonismo do seu aprendizado e de vários aspectos da própria vida.
Desenvolvido originalmente nos Estados Unidos e baseado em estudos de doutorado de Stephen R. Covey, autor do livro Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes, o programa traz os conceitos abordados pelo autor adaptados à realidade da educação brasileira.
Líder em Mim na Escola
“Primeiro, trabalhamos os sete hábitos com os professores e, depois, com o resto da equipe. A ideia é que toda a escola entenda o projeto e saiba aplicá-lo aos alunos”, explica Léo Gonçalves, assessor pedagógico da Líder em Mim.
A partir daí, tanto professores como estudantes são convidados a refletir sobre formas diferentes de enxergar as situações (VER), mudando comportamentos (FAZER) e assim conseguindo alcançar resultados diferentes e consistentes (OBTER).
Esse modelo de Ver-Fazer-Obter dá a oportunidade de analisar melhor uma situação ou um comportamento, oferece práticas efetivas para uma mudança de atitude e traz resultados reais. Como observa Gonçalves, “quando mudamos a maneira como vemos as coisas, influenciamos o que fazemos e os resultados que obtemos.”
Ver-Fazer-Obter na prática:
As transformações ocorrem em três dimensões:
– Liderança: desenvolvimento das habilidades de liderança.
– Cultura: desenvolvimento na cultura escolar.
– Acadêmico: desenvolvimento nos resultados acadêmicos.
Para que essas transformações ocorram são trabalhados os sete hábitos: ser proativo, ter um objetivo em mente, foco, pensamento ganha-ganha, procure primeiro compreender para depois ser compreendido, crie sinergia e afine o instrumento no dia a dia da escola.
E como tudo isso é aplicado na sala de aula? Léo Gonçalves explica que quando os alunos colocam em prática os sete hábitos, há uma mudança no comportamento. “Os alunos aprendem mais sobre o que sentem e quais são seus valores, e vão adquirindo autoconhecimento”, explica. “Além disso, trabalhamos com empatia, respeito, criatividade e a busca pela melhoria contínua. É uma verdadeira revolução no ambiente escolar.”
O assessor pedagógico conta que uma aluna, após as atividades de pare-pense, percebeu que quebrava a ponta do lápis quando estava nervosa. Ela parou para analisar o que estava sentindo e mudou de atitude.
“As ferramentas permitem que os estudantes trabalhem com seus sentimentos, aprendam a lidar com suas emoções e assumam a responsabilidade por suas decisões.” É uma mudança de hábitos que impacta a vida da escola, dos alunos, de suas famílias e da sociedade.