Como escolher a escola ideal para o seu filho?

Professores, estrutura, tecnologia, localização, áreas verdes. São muitos os fatores, entre objetivos e subjetivos, a serem levados em conta durante o processo de escolha de uma escola. Afinal, ela será a parceira dos pais no processo de educação dos filhos, além de ser o ambiente onde a criança passará boa parte do seu dia.

Para ajudar as famílias nessa importante decisão, Fabiana Santana, assessora pedagógica do Líder em Mim, dá dicas de como garantir a escolha de um colégio que promova um ambiente educacional saudável ao crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes e esteja em sintonia com os valores e expectativas da família.

O processo de escolha da escola

No momento de se decidir por uma escola, os pais devem olhar para além do espaço físico e, se possível, buscar referências com pessoas conhecidas que já estejam familiarizadas com aquele colégio. “Às vezes, a família está mudando de bairro, cidade ou estado, o que dificulta essa verificação. Mas, saber os valores que a escola carrega e se ela tem clareza da sua missão, ajuda a perceber se o que será trabalhado no decorrer do ano letivo condiz com o que os pais esperam para seus filhos”, orienta Fabiana.

Outro fator decisivo é a constância e permanência dos professores na instituição. Quando a equipe se sente conectada ao propósito da escola e da comunidade, isso pode indicar que o ambiente é propício ao acolhimento e desenvolvimento integral dos estudantes e de toda a equipe envolvida. Trocas muito constantes podem sugerir alguma falha no processo interno de gestão.

Ainda sobre os professores, os mais qualificados geralmente buscam escolas que tenham uma boa remuneração. “Claro que você não pode sair perguntando quanto se paga por hora/aula a cada professor, mas existem sites que fazem essa análise e trazem informações próximas da realidade. Uma baixa remuneração pode significar maior rotatividade na equipe pedagógica, o que pode sinalizar falta de valorização do pessoal e uma escolha menos criteriosa na hora de formar a equipe”, considera a assessora.

O que perguntar durante a visita

Fabiana explicita duas perguntas relevantes que podem ser feitas na visita a uma escola:

  1. Quais os princípios e os valores que pautam o caminhar da educação?

Dentro deste tópico, é importante entender como o desenvolvimento socioemocional é visto e trabalhado na escola. Se quem está conduzindo as matrículas e visitas tem clareza sobre essas questões, isso significa que a equipe pode estar sendo constantemente estimulada a caminhar em uma mesma direção e com um mesmo propósito.

  1. Qual o objetivo pedagógico que rege o colégio?

Ou seja, é realizado um trabalho com foco apenas em resultados acadêmicos ou no desenvolvimento integral do estudante? Como isso é feito? A partir dessas respostas, é possível deduzir o tipo de colégio e tomar a decisão segundo a preferência dos pais.

Além disso, Fabiana aconselha perguntas diretas sobre como a escola lida com situações do dia a dia dos estudantes. Mais uma vez, se a equipe de atendimento conhece bem os procedimentos, isso mostra que a escola está alinhada em se preparar, de maneira preventiva, para eventualidades que possam acontecer no ambiente escolar. “Após conversar com a equipe de atendimento, pedir para falar com a coordenação responsável ajudará a saber se estão falando ‘a mesma língua’, ou seja, se não é só uma equipe de matrículas treinada para falar o que o pai quer ouvir.”

Envolvendo a criança no processo

Levar a criança para conhecer a escola pode ser interessante para ela participar da decisão. Caso a instituição ofereça um “tour” pelos espaços pedagógicos, a presença do aluno pode fazer diferença para os momentos de adaptação que virão. Os pais também precisam deixar bem claro quais são as expectativas em relação ao estudante nesse novo ambiente. E saber, ainda, qual é a linha pedagógica da escola, se ela utiliza sistema de ensino e se o perfil de estudante condiz com a “cobrança” que será feita em relação ao aproveitamento ao longo do ano.

Por exemplo, sistemas de ensino muito rígidos, para alunos que precisam de uma abordagem diferenciada, pode não trazer os resultados de aprendizagem esperados, e isso não quer dizer que o sistema ou a escola não são bons. Essa análise também vale para estudantes que apresentam um bom desempenho escolar. “Uma escola muito “aberta” em seus princípios e valores e com um sistema de ensino que não atenda as expectativas do aluno também pode gerar frustração e desmotivação”, conclui a assessora.

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